Biografia
José Mendes de Oliveira Castro - Pai
Biografia
4/10/1842 - 1896 Nasceu no Rio de Janeiro em 4/10/1842. Filho do português Antônio Mendes de Oliveira Castro, natural de Fafe e D. Castorina Alves Pereira, morou em sua infância e adolescência na Chácara dos Macacos, com seus 4 irmãos, também já citados. Com a morte de seu pai em 1859 se transferiu com seus irmãos para o Casarão da rua São Clemente. Tinha, portanto, 17 anos quando perdeu o pai. Aos 21 anos, em 1863, casou-se com D. Carlota Deolinda de Carvalho Ribeiro, filha de seu cunhado Francisco Carvalho Ribeiro, enteada de sua irmã Firmina, que morava na Chácara da Bica, depois Solar de Manjope. D. Carlota Deolinda, nascida em Cabo Frio a 14/08/1845, filha do já citado Comendador Francisco Carvalho Ribeiro e D. Deolinda Rosa Pereira Gonçalves, casou-se aos 18 anos com o cunhado de seu pai, irmão de sua madrasta. É interessante notar a impressionante descendência que essa jovem deixou em 20 anos de seu casamento, pois morreu em 10/11/1883, nove meses depois do nascimento de sua 14ª filha, Elisa: Em 1888, casou-se pela segunda vez com D. Constança Cordeiro Torres e Alvim, com quem teve mais 4 filhos. Destes trataremos em outro capítulo. Da bem sucedida carreira de negócios do futuro 2º Barão de Oliveira Castro, sabemos por pesquisas no livro O Brasil, publicado pela Societé de Publicite Sud-Americaine, Monte Domecq Cie em 1919 que: O Sr. Barão de Oliveira Castro (Nota: o 2º Barão) é portador de um título hereditariamente respeitado por todo o comércio do Brasil. Seu pai, titular do mesmo nome, foi um dos vultos de maior e mais justo relevo na praça do Rio de Janeiro. Sua educação esmerada fazia dele um perfeito gentleman, de trato cavalheiresco e fino, cujo convívio era um encanto para os que dele se aproximavam. Esse poder de sedução era realçado pelos seus gestos de filantropia, de caridade, de amor pelos desprotegidos da sorte. Foram sem conta os donativos que fez a instituições de benemerência. Era um grande, um generosíssimo coração, sempre aberto à pobreza e um espírito em que o culto da honra , do caráter, do crédito revezava com a beleza de todas as ações que inspirava e que traduziram em suas obras benfazejas. Além disso, foi um comerciante bem visado, um conselheiro sempre seguro das ponderações que fazia. A Associação Comercial do Rio de Janeiro o fez seu presidente, deu-lhe o título excepcional de Benemérito dos Beneméritos, inaugurou seu busto de linhas nobres e varonis, como um constante e preciso estímulo moral no salão de honra de seu palácio, que é o edifício da Bolsa. Cita o mesmo livro que, seu filho José entrou como empregado de sua casa comercial aos 15 anos, a Oliveira Castro, Filho e Comp., tornando-se sócio solidário. Em 13/11/1889, depois de haver recusado o título de Barão de São Clemente, por lealdade para com o Imperador, que tanto ajudou através da Associação Comercial, inclusive com recursos próprios de grande vulto, aceitou o título de Barão de Oliveira Castro, na antevéspera da Proclamação de República. Por este motivo, em 1890, o Barão e a Baronesa transferiram-se para a Europa, acompanhados da quase totalidade de sua numerosa família. Na biografia do pintor e enteado Henrique Alvim Corrêa, publicada pela Fundação Casa de Rui Barbosa, vemos a seguinte referência: ...Instalam-se em Lisboa, acompanhando os barões de Oliveira Castro, estes monarquistas não-adesistas preferiram deixar a Capital Federal nos agitados tempos do novo regime... Foram com os barões seus filhos do 1º casamento (com exceção de D. Carlota Moreira da Fonseca), e seu filho Heitor, do 2º casamento. Seu filho Hermínio acabara de falecer. Seus filhos José e Antônio também o seguiram já casados, levando os filhos Maria e Charlotte. Em Lisboa, onde se instalaram com o apoio da família de sua nora Maria Estephânia, nascera sua filha Helena, seus netos Hilda (de José), Laurita e Hermínia (de Antônio). Transferiram-se todos para Paris onde nasceram suas filhas Beatriz e Leonor, seus netos Nestor (de Antônio), Deolinda e Isaura (de José). Com a morte do Barão em Paris em 1896, seus filhos casados retornaram ao Brasil com suas famílias, trazendo consigo seus irmãos mais novos do 1º casamento e juntando aos poucos seus irmãos solteiros adultos, que viajavam pela Europa, e retornaram ao Brasil para se instala com seu irmão José e esposa nas casas da rua São Clemente (Rio) e Souza Franco (Petrópolis RJ). Aos poucos foram se casando. Alguns como Álvaro e Octávio com duas irmãs Teixeira Soares (Maria Eugênia e Laura), suas vizinhas na rua Souza Franco. Outros dois com outras duas irmãs como Horácio e Américo (Clotilde e Amélia F. Leusinger). Francisco com Hortense Marinho de Azevedo e Elysio com Anotnieta de Castro. Castorina casou-se com Ascânio Cerqueira, indo morar em São Paulo. Elisa morreu solteira. Nota: o filho mais velho do Barão, José Mendes de Oliveira Castro, tornou-se também por Portugal. O primeiro foi o último barão do Império do Brasil e o 2º foi o último barão do Reino de Portugal. Ambos foram presidentes do Banco do Brasil.
Biografia de
José Mendes de Oliveira Castro - Pai