Documento
Visconde e Conde de Santa Marinha
Documento
António Teixeira Rodrigues Foi Visconde e Conde de Santa Marinha António Teixeira Rodrigues, nascido em Vila do Conde, distrito do Porto, Portugal. O título de Visconde foi-lhe concedido por D. Carlos em 1890 e em 1892, o mesmo monarca concede-lhe o título de Conde. O prédio foi construído para ser residência e escritório do empreiteiro português Antônio Teixeira Rodrigues, Conde de Santa Marinha, que, em Belo Horizonte, foi o responsável por várias construções, dentre as quais destacam-se o Palácio da Liberdade, a Imprensa Oficial, o Quartel do 1º Batalhão de Polícia Militar e o Necrotério do Cemitério do Bonfim. http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos/hpg_atrativo.asp?id_atrativo=1616 ........ ?O Empório Industrial, de António Teixeira Rodrigues, foi considerado o primeiro e o maior empreendimento industrial de Belo Horizonte. O pioneirismo de António Teixeira Rodrigues, conhecido como Conde de Santa Marinha, foi além do sector industrial, uma vez que o Conde foi o primeiro a construir uma residência fora da área urbana, compreendida dentro do perímetro da Av. do Contorno. Abílio Barreto transcreve uma matéria publicada pelo jornal A Capital, onde é feita uma completa descrição do Empório Industrial, podendo-se avaliar sua grandiosidade para a época, quando Belo Horizonte começava a ser construída: O Conde de Santa Marinha é um dos poucos capitalistas que têm vindo trazer à nossa cidade o eficaz concurso da fortuna e da atividade. A quantiosa soma por ele empregada na instalação da usina em uma localidade como esta, onde, no geral, apenas o minguado pecúlio do pobre vai agindo tant bien qui mal, significa que o operoso industrial tem plena convicção de que Belo Horizonte há de ser um centro de atividade, tanto moral como material. O que o Sr. Conde de Santa Marinha há feito nesta cidade, iniciando nela diversas indústrias, é uma obra meritória, cujo realce é imenso, pois a bem dizer, nulos têm sido os interesses pecuniários para o proprietário da usina. O Sr. Conde criou aqui uma verdadeira escola de trabalho. A usina funciona num vasto prédio, próximo à estação da estrada de ferro. No imenso salão, logo à entrada, está instalada a serraria, servida pelas melhores máquinas: serras circulares, serras simples, tornos, plaina a vapor. À esquerda fica a oficina de cantaria, na qual vimos colunas e capitéis trabalhados com muita perícia. Passamos em seguida a outro compartimento onde está a fundição, também servida por excelente maquinismo. Aí vimos funcionar a máquina para tornear parafusos, podendo dar produção diária de mil parafusos de todos os tamanhos. Nessa secção trabalha a ferraria e, no extremo, a carpintaria, achando-se em construção o pavilhão para essas oficinas. A 4ª seção é a de moinhos para cereais, para torrefação de café e máquina de cortar capim. Passa-se daí para o almoxarifado da usina. Já aí estão os aparelhos para iluminação à luz eléctrica, cuja montagem deve começar breve, e será para 40 lâmpadas. A força locomóvel, de fabricação inglesa, é de 30 cavalos. Na seção de carpintaria vai ser montada uma outra. É grande o depósito de madeira, quer nacionais, quer estrangeiras. A usina já recebeu a cábrea para suspender a cantaria da frente do Palácio Presidencial. Trabalham 150 operários, todos observando a maior disciplina e atenção ao seu serviço. Próximo está a construção do palacete do Sr. Conde de Santa Marinha. Rematando estas merecidas notas sobre a notável individualidade daquele grande industrial, a quem Belo Horizonte muito ficou a dever, não ocultaremos que ele, depois de prestar à construção da cidade e à nascente indústria desta os maiores benefícios, empregando aqui toda a sua considerável fortuna, terminou por ficar arruinado financeiramente. http://www2.fiemg.com.br/bh100/hist-3.htm#topo) http://www.descubraminas.com.br/destinosturisticos/hpg_atrativo.asp?id_atrativo=1616