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Domingos Joaquim da Silva
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VISCONDE DE SALREU Nasceu em Salreu, Estarreja em 27 de Novembro de 1854 e morreu no Estoril em 1936; filho de Joaquim da Silva e de sua mulher, D. Maria do Rosário Fonseca. O seu pai era moleiro e a sua mãe dona de casa e teve como padrinho o Dr. Domingos Manuel Esteves Pires, da Casa da Póvoa. Aos 16 anos foi para o Brasil, onde se dedicou ao comércio e à indústria e em 1880, por conta própria, ao ramo de materiais de construção. Em 1887 registou individualmente a sua firma, com a qual obteve prósperos resultados dadas as suas qualidades de empreendimento e de bom administrador. Em Portugal foi um abalizado vinicultor. Mas foi pelas suas obras de benemerência que mais se distinguiu. Na sua terra natal mandou construir duas escolas em 1907 e outras duas em 1933, recebendo públicos louvores. À sua custa mandou construir e apetrechar o hospital e Asilo Visconde de Salreu, nos limites de Salreu com a vila de Estarreja no valor de alguns milhares de contos e que foi doado à Misericórdia de Estarreja, instituição de beneficência fundada propositadamente para receber e continuar a manter aqueles estabelecimentos (Hospital e Asilo de Velhos). Em 1934 ofereceu um chafariz público situado na estrada nacional de Estarreja para Salreu e a que foi dado também o nome deste benemérito. A população de Salreu erigiu-lhe naquela freguesia um busto e no edifício dos Paços do Concelho de Estarreja foi descerrado um seu retrato a óleo do pintor Acácio Lino. Foi um dos fundadores da Sociedade Portuguesa de Beneficência do Rio de Janeiro. Casou em 1906, com D. Maria de Jesus Nunes Fonseca, que nasceu em 1884 [ ]. O título foi-lhe concedido em 1907 por D. Carlos. [in Nobreza de Portugal e do Brasil, coordenado por Afonso Zuquete] Mandou construir a Escola Primária nas Laceiras e a Primária da Senhora do Monte. Fez também várias diligências para que o povo de Salreu tivesse um apeadeiro da CP. Para que não tivessem que se deslocar a Estarreja ou a Canelas. Construiu o grande Hospital dotado de toda a aparelhagem cirúrgica necessária ao funcionamento imediato, e o asilo. A construção do Hospital começou precisamente no ano da sua morte, estando a acta da doação datada de 13 de Março de 1936. Viria a falecer a 11 de Setembro de 1936 em S. João do Estoril.