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Arthur da Silva Fernandes
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Aílton Barcelos Fernandes, Vice-Ministro da Agricultura do Brasil, esteve em Fafe, no dia 23 de Novembro do corrente. Aílton Barcelos Fernandes é licenciado e graduado em Psicologia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, foi professor de Psicologia Organizacional e de Psicologia Industrial da UFRJ - Universidade Federal do Rio de Janeiro e foi professor da PUC - RJ - Pontifícia Universidade católica do Rio de Janeiro. É Administrador de Empresas, tendo sido Executivo da Shell, Vice-Presidente da SHARP - Coorporação Electroelectrónica Japonesa e Vice - Presidente da CICA, Indústria de Conservas Alimentares. É Empresário do ramo de Prestação de Serviços e 1º Presidente do Brasilconsult Participações, empresa de consultadoria de Gestão e Negócios. Foi Vice-Ministro da Indústria, Comércio e Turismo do Brasil - MICT, várias vezes Ministro interino deste Ministério. É Vice- Ministro da Agricultura e do Abastecimento do Brasil, desde 01/01/1995. Recebeu o mais alta Galardão e distinção brasileiro, ao ser condecorado pelo Presidente da República Federativa do Brasil, com a Insígnia da Ordem de Rio Branco na Classe de Grande Oficial. Aílton Barcelos Fernandes Nasceu em 29/11/1947, no Rio de Janeiro é filho de Arthur da Silva Fernandes, nascido em 31/12/1912, lugar de Moinhos, freguesia de Travassós e falecido, no Rio de Janeiro, em 22/10/1981 e de Amélia Maria de Barcellos Fernandes, nascida em Quissamã, Rio de Janeiro, em 21/10/1917. É neto de José Maria Fernandes, nascido em 8/06/1856, proprietário no mesmo lugar dos Moinhos e de Maria Laura de Jesus e Silva Fernandes, nascida em 1870, proprietária, natural de Freitas. É bisneto de José Luís Fernandes, nascido em 24/10/1823 e de Maria Joaquina Lopes Vieira, filha de José Lopes e Maria José Vieira. O seu bisavô, José Luís Fernandes, descendia de José António Fernandes, filho de António Fernandes, natural do lugar dos Moinhos, Travassós e de Maria Custódia de Oliveira, filha de Domingos de Oliveira e de Benta Maria Peixoto, do lugar dos Moinhos, Travassós. O seu bisavô José Luís Fernandes, nascido em 24/10/1823, era, em 1880, referido no livro de registo das contribuições como proprietário agrícola no Lugar de Moinhos, freguesia de Travassós e senhor dos moinhos, azenha de linho e Lagar de Azeite. Pagava, 3$700 reís de décima, de contribuição predial para o Estado e 1$227 réis de contribuição municipal e expostos. Pagava, ainda, 4$380 reís de décima de contribuição Industrial para o Estado e 1$453 réis de Contribuição municipal e expostos. Somava a colecta da décima predial e industrial 10$760, pelo que auferia tinham um rendimento calculado de 100$769 réis, provenientes da propriedade agrícola e da actividade Industrial. Dado que se exigia, no Artº 5º, ponto I, do Decreto Lei de 30 de Setembro de 1852, que para se ser eleitor era necessário «ter renda líquida anual 100$000 réis provenientes de bens de raiz, capitais, comércio, indústria ou emprego inamovível», este Fafense, aparece no recenseamento dos eleitoral e elegíveis do concelho de 1881, como eleitor não elegível, tendo nessa data 58 anos de idade. Procurando enquadrar este proprietário na estrutura sócio-económica para o ano de 1881 e tendo em conta que o Concelho de Fafe tinha 25600 habitantes, sendo 12143 os indivíduos activos, destes; 437 (4%), eram proprietários elegíveis; 1600 (13%) - eram proprietários eleitores; 2570 (21%) eram agricultores, artesãos, jornaleiros, e outros elegíveis; 7536 (62%), eram cabaneiros (pobres), jornaleiros, serviçais, criados de servir (etc.) que estavam excluídos do rol eleitoral e, consequentemente, do exercício político eleitoral. José Luís Fernandes, ao aparecer integrado no grupo dos 1600 proprietários eleitores (13%) atrás referido, integrava a elite dos proprietários rurais, logo a seguir aos 4% da elite dos proprietários elegíveis, ou seja os que pagavam mais de 40$000 réis de décima. Nos seus ascendentes encontra-se o Comendador António Joaquim Vieira (Montenegro), banqueiro, falecido em Lisboa, beneficiando em testamento com avultadas verbas o Hospital de São José e da Misericórdia, tendo sido o fundador da Escola de Travassós. (ver Miguel Monteiro, F afe dos Brasileiros) Pelo linha da avó materna Arthur da Silva Fernandes é descendente dos Lopes e Vieiras de São Vicente de Passos, onde se entroncam o Ministro dos Estrangeiros e da Marinha António Manuel Lopes Vieira de Castro, filho do Capitão José Luís Lopes e de Ana Maria Vieira do lugar do Hermo, São Vicente de Passos (dilecto de D. Maria II e mestre dos Liberais, presbítero em Viseu antes de ser ministro) ; O Desembargador Luís Lopes Vieira de Castro (pai de José Cardoso Vieira de Castro), e o Padre José Vieira filhos de João Lopes de Freitas e Josefa Lopes Vieira de Castro de Antime.