Nasceu este ilustre general brasileiro em Paraíba no princípio do séc. XVII.
Na heróica resistência de Pernambuco, intentada com êxito infeliz por Matias dAlbuquerque, distingue-se André Vidal como ajudante do capitão Sebastião do Souto, depois figura entre os mais intrépidos defensores da Baía.
Quando Fernandes Vieira começou a agitar Pernambuco contra os holandeses, Vidal de Negreiros entra no território pernambucano, fingindo que nada tem a ver com o governo português, toma a direcção militar da insurreição, ganha a batalha do Cerco-Forte, e mostra-se herói na bravura, na abnegação e na tenacidade.
Quando D. João IV, que os holandeses ameaçavam na Europa, lhe dizia que abandonasse Pernambuco, André Vidal desobedecia abertamente; quando lhe ordenavam que queimasse as plantações que rodeavam Pernambuco, André Vidal desobedecia e só queimava as suas próprias.
Quando porém o rei mandava um outro general em chefe aos insurgentes, Barreto de Menezes, André Vidal obedecia logo e sem a mais leve hesitação.
Distinguiu-se ainda nas batalhas de Gararapes, e na tomada do Recife. Foi ele quem levou a D. João IV a notícia de que Pernambuco de novo lhe pertencia. Por isso teve bastantes galardões e recompensas.
Governou depois Maranhão e Angola e morreu no dia 3 de Fevereiro de 1691, poucos dias depois de João Fernandes Vieira, ilustre madeirense seu intrépido companheiro de armas.