Emigrante
Barão de Maracanã
Biografia
MANUEL GONÇALVES PEREIRA Em 17 de Março de 1806 nasce no lugar de Azevedo de Belinho em São Paio de Antas, Manuel Gonçalves Pereira, mais tarde conhecido por Barão de Maracanã. Com apenas 13 anos de idade, a 13 de Maio de 1819, o Manuel partiu para o Brasil a bordo da galera Sociedade Feliz, na companhia do seu irmão mais velho João. Este seu irmão era caixeiro, guarda-livros de uma casa de negócios de vendas por atacado, das mais creditadas no Brasil a Casa das Motas que ficaria famosa pela imensa fortuna que legou à Misericórdia do Rio de Janeiro. Chegando ao Brasil, Manuel Gonçalves Pereira foi residir para a casa de Joaquim António Senha, negociante e proprietário na rua da Imperatriz. A 10 de Junho tomava de caixeiro na loja de fazendas de Varejo, na rua da quitanda, onde fez a sua primeira experiência como comerciante. Em Agosto de 1820 parte para S. Paulo onde chega a 3 de Setembro, continuando a exercer a mesma profissão. A 7 de Setembro de 1822, D. Pedro proclama a independência do Brasil junto ao rio Ipiranga, tendo Manuel Gonçalves Pereira sido testemunha deste acontecimento único. Em Julho de 1826 voltou ao Rio para fazer um sortimento de fazendas de importância avultada, o que prova o crédito comercial que então já tinha adquirido. Regressando a S. Paulo, aqui se estabeleceu por conta própria e desenvolveu de tal maneira a sua casa que em 1835, apenas com 29 anos de idade, era já considerado o primeiro nome comercial daquela região. Nesta época liquidou o negócio de S. Paulo e partiu para o Rio onde se associou com seu irmão João Gonçalves Pereira, estabelecendo um armazém de fazendas por atacado, na mesma casa onde começara como simples guarda-livros. A firma João Gonçalves Pereira e Irmão adquiriu grande fama e crédito em todo o Brasil. A 5 de Abril de 1852 falecia o seu irmão e sócio João. Seis anos depois, em 1858, Manuel Gonçalves Pereira deu sociedade a 3 dos seus empregados e encetou uma viagem de estudo pela Europa. Percorrendo os grandes circuitos comerciais da época. Foi uma viagem que durou de 17 de Maio a 14 de Dezembro de 1859. A 4 de Janeiro de 1860 estava novamente no Rio de Janeiro, onde permaneceu até 10 de Abril do ano seguinte, data em que resolveu entregar a sua casa comercial e os seus negócios e regressar a Portugal.. Chegou a Lisboa a 20 de Abril de 1861 e daqui seguiu para S. Paio de Antas sua terra de berço, que tinha deixado aos 13 anos a da qual tinha saudades. Trazendo consigo uma grande fortuna, soube como ninguém aplicá-la em obras de carácter social na sua terra. Estando a construir-se a estrada nacional Esposende-Viana do Castelo, a fim de apressar os trabalhos, colaborou nesta obra com a avultada quantia de um conto e duzentos mil reis. A igreja paroquial de S. Paio de Antas estava também a ser reparada quase de raiz pelo padre Bento da Mota, que se via aflito para cobrir as despesas. O Barão de Maracanã colaborou também nesta obra com 800 mil réis. Não satisfeito com estes gestos de generosidade, em 1888 o Barão de Maracanã mandou construir, no lugar da Estrada, uma casa, com uma sala para aulas e aposentos para o professor, que doou à freguesia, para ali funcionar a escola oficial. A escritura de doação é de 14 de Março de 1889, e inclui a condição de esta casa não ser utilizada a não ser para o fim que destinou o fundador. A Junta como sinal de reconhecimento daria o nome de Escola Barão de Maracanã. Ele sabia por experiência própria, que a instrução é a base do progresso. Na freguesia adquiriu vastas propriedades agrícolas que cultivou e desenvolveu, e construiu uma opulenta vivenda, conhecida por Casa da Paia ou Quinta dos Barros. Além da sua competência na área comercial, Manuel Gonçalves Pereira tinha um sentido apurado da importância da instrução para o desenvolvimento dos povos, a causa a que dedicou muitas das suas forças, tanto no Brasil como em Portugal. Por isso o Imperador do Brasil, além do título de Barão de Maracanã em 19 de Junho de 1872 - concedeu-lhe o grau de cavaleiro da Ordem de Cristo, e comenda da mesma ordem, além da comenda da Ordem e o título de Grandeza, este, em 1875. (cf.: NEIVA, Adélio, S. Paio de Antas, sua história sua gente, Companhia Editora do Minho, Esposende, 1999, pp. 458, 489-490)
Género
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Tipo de Nascimento
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Concelho
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Pai
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Mãe
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Filho(s)
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Criador da imagem
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Casado(a) com
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Passaporte
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Eventos de Emigração
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