Filho do Português Leandro José da Cunha Barbosa e da fluminense D. Bernarda Maria de Jesus, nasceu Januário da Cunha Barbosa no Rio de Janeiro no dia 10 de Julho de 1780.
Ordenou-se em 1803, foi a Portugal, e, voltando ao Brasil em 1805, principiou a adquirir grande reputação como pregador.
Em 1808 foi nomeado professor de filosofia, e na cátedra e no púlpito foi adquirindo grande fama, até que em 1821 rebentou o grito da independência brasileira.
Januário da Cunha Barbosa foi dos primeiros que a ele aderiram. Fundou um periódico intitulado O Reverbero Constitucional Fluminense em que principiou a sua voga de jornalista.
Em 1822 foi promover em Minas Gerais a adesão da província à causa da independência. Voltando ao Rio de Janeiro foi preso e deportado como demagogo, mas absolvido pouco depois, voltou à pátria, tendo estado apenas pouquíssimo tempo em França.
Em 1824, foi eleito deputado, mostrou-se orador distinto, e na câmara e na imprensa até 1837 prosseguiu essa vida de luta sempre enérgica e veementemente, já escrevendo em periódicos sérios e satíricos já escrevendo um poema politico Os Garimpeiros e uma comédia também política A Rusga da Praia Grande.
Em 1837 deixou a vida pública e só voltou à câmara em 1845, conservando-se afastado do campo da luta, e entregando-se especialmente à discussão de assuntos de instrução pública.
No intervalo foi nomeado cronista do império, e fundara juntamente com o coronel Mattos, a célebre sociedade Instituto Histórico-Geográfico Brasileiro.
Era também poeta nos géneros diversos do satírico.
Estão provas disso num poema Niterói que se publicou em 1822.
Morreu no Rio de Janeiro a 22 de Fevereiro de 1846.
(Pinheiro Chagas)