Pessoa
Manuel Gonçalves
Filho(s)
José Gonçalves
José Gonçalves
António Gonçalves
António Gonçalves
António Gonçalves
António Gonçalves
António Gonçalves
António Gonçalves
Joaquim Gonçalves Bastos
Francisco Gonçalves
Francisco Gonçalves
José Gonçalves Ribeiro
Celestino Gonçalves
Albino Gonçalves
Venancio Gonçalves
Maria Joaquina Gonçalves
Joaquim Gonçalves
Joaquim Gonçalves
Joaquim Gonçalves
Eufresina Gonçalves
Albano Gonçalves
Ana Gonçalves
Lino
Tom S Gonçalves
Biografia
Manuel Gonçalves nasceu em Eirós, freguesia de Quinchães, Fafe. Faleceu a 15 de Julho de 1964 na sua Casa do Penedo, Estado de Alagoas, Brasil, com 94 anos. Emigrou para o Brasil ainda criança. Conseguiu grande fortuna e muitos amigos. Lá longe casou, teve filhos, netos, bisnetos, trinetos e tetranetos (ou tataranetos). Nunca esqueceu a sua terra natal Quinchães que visitava com frequência. Como as andorinhas, eles, mal pressentem a Primavera, logo se predispõem para a travessia do Oceano[1]. Gostava de trazer os seus familiares para lhes mostrar, com orgulho, a terra onde nascera. Visitava o pai e fazia férias nas termas na Curia e em Vidago. Fazia-se acompanhar com a esposa D. Purêsa Gonçalves. Sempre que vinha lembrava-se dos pobres[2]. Mandou construir uma escola na Serrinha Quinchães que ofereceu ao Estado Construiu também a sua habitação no lugar de Vila Penedo, na Pica, nos finais da década dos anos vinte, assim chamada por analogia com a cidade Penedo onde vivia no Brasil. Hoje essa habitação, já ampliada, pertence ao Sr Luís Mário Gonçalves Ferreira e esposa Maria Adelaide Castro Leite, segundo primo do benemérito. Este industrial chegou à Vila Penedo na Pica dAlém em Maio de 1935, com sua esposa para merecidas férias. Em Terras de Santa Cruz, Manuel Gonçalves foi uma figura de destaque e de prestígio. Foi um fafense que se fez pela sua acção, pela sua inteligência, e que no Brasil honrou a sua terra. Foi elevado à categoria de comendador. Vinha com muita frequência a Portugal, e festejou o seu 87º ano na Vila Penedo na Pica, mas com 90 anos de idade já rareava por cá, e o oceano era mais difícil de atravessar. Viria a falecer com 94 ano em 15 de Julho de 1964. Em 1934 já tinha em mente, e fez saber, que pretendia erigir um edifício de raiz em Quinchães, para lá funcionar uma escola. Esta foi um novo padrão para a instrução de ambos os sexos. Assim perpetuou a sua memória na terra que o viu nascer. A este casal assistia uma enorme vontade de construir um edifício escolar. O desejo era de tal ordem que ainda tiveram de comprar o terreno onde deveria ser instalado o novo edifício. As obras de construção iniciaram-se em Agosto de 1935. Em Novembro já tinha chegado o mobiliário, pago pelos doadores. Foi fornecido por uma firma de Freamunde. A inauguração aconteceu no dia 6 de Dezembro de 1936 num ambiente festivo. Estiveram presentes membros da Câmara, autoridades eclesiásticas e civis, representantes da Inspecção Escolar, familiares do Sr Manuel Gonçalves e da esposa e grande multidão de pessoas da terra e da vizinhança. A modéstia do Sr Manuel Gonçalves recomendava que não estivesse presente no acto da inauguração. Para o substituir passou procuração ao Sr Arcipreste Padre José Novais Rebelo, para assinar a escritura, e para o representar a si e à sua esposa, na solenidade. Anos depois, foi a vez da inauguração da luz eléctrica em Quinchães e Pica. Este acontecimento ocorreu no dia 6 de Novembro de 1938, pelas 15 horas. No edifício da Escola de Manuel Gonçalves[1] realizou-se uma sessão solene. Presidiu o Dr António Martins de Freitas, ladeado pelo Dr José de Barros Vasconcelos, pelo arcipreste, pelo presidente da junta, Luís Ribeiro Vieira de Castro etc. O Presidente da Câmara salientou o auxílio do grande benemérito Manuel Gonçalves e de sua esposa D. Pureza Gonçalves. Em 1940 leccionava nesta escola de Quinchães a Srª D. Joaquina Marinho e D. Zilda Guimarães, que promoveram as grandes celebrações para festejar o Plano Centenário em 1940. Nesta festa descerrou-se uma lápide colocada na base do cruzeiro de Santo Amaro com os seguintes dizeres e com estes caracteres VII CENTENÁRIO DA INDEPENDÊNCIA, III DA RESTAURAÇÃO DE PORTUGAL 1940. Muito mais tarde deixou de funcionar como escola e hoje é a sede da Junta de Freguesia de Quinchães. Momentos festivos A primeira grande festa teve lugar no dia da inauguração em 6 de Dezembro de 1936, com todo o esplendor, pelas 15 horas. Era um edifício para os dois sexos, doado ao Estado com o respectivo mobiliário. Na escola viam-se os retratos de Sua Excia o Presidente da República, Marechal António Óscar Fragoso Carmona, e do Presidente do Conselho, António de Oliveira Salazar, mas faltava o crucifixo. A afixação da fotografia do Presidente da República em todas as salas de aulas tinha sido estabelecida pelo decreto lei nº 22 369 de Maio de 1935, e a decisão de se afixar também uma fotografia do Presidente do Conselho fora decidido pelo Despacho nº 36 de Junho de 1935. As duas fotografias deviam estar devidamente emolduradas e penduradas ao lado do quadro preto existente nas salas. A questão do crucifixo prende-se com uma decisão governamental, exarada na lei 1941, para que a partir do ano lectivo de 1936/37 se devia pendurar na sala de aula, em local de destaque, um crucifixo. Esta era obra do insigne estatuário Teixeira Lopes, seria vendido pela União Gráfica em Lisboa, e o preço era de 120$00. O Cristo era esculpido em bronze sobre uma cruz de pau preto. Assim predominava o Belo e o Santo. Os doadores não estiveram presentes, por opção, pois quiseram furtar-se às ovações, às entusiásticas honras a que tinham direito. A festa que agora se fez, bem poderia ter sido feita em Agosto anterior quando cá estiveram de férias. Presidiu à cerimónia o Dr António Martins de Freitas, Presidente da Câmara secretariado, pelo Dr José Gonçalves Barros Vasconcelos; Sr Arcipreste José Novais Rebelo; Vereador da Cultura Padre Albertino; Dr Teotónio Silva e Castro; Delegado Escolar Professor António Joaquim Teixeira; Professor António Oliveira; Professora Maria Joaquina Marinho Vieira da Cunha Oliveira; D. Guilhermina de Sousa Loureiro, e ainda professoras de outras localidades. O Delegado, usando da palavra, enalteceu as inteligências saídas daquela terra, nomeando o Dr Teotónio. Nas cerimónias, o Sr António Oliveira hasteou a bandeira, e a Banda de Revelhe tocou A Portuguesa. Os Bombeiros fizeram a continência a este nobre símbolo nacional. Houve muitos foguetes e vivas. Esteve também presente o pai do homenageado. O Arcipreste cortou a fita da entrada da escola. Foi uma comoção geral. Na sequência do que aqui se relata, a Câmara entregou a casa onde funcionava a velha escola , em Casadela, ao seu proprietário. Acto de doação ao Estado Da escritura de doação feita no Cartório Notarial de Fafe no dia 6 de Novembro de 1936, retiraram-se os elementos que se seguem comprovativos da veracidade dos factos e da boa vontade do doador: Data da escritura de doação 6 de Novembro de 1936, Procurador Reverendo José Novais Rebelo, pároco de Quinchães, Doador Manuel Gonçalves e esposa D. Maria Pureza Gonçalves, Morada do doador em Penedo, Estado de Alagoas Estados Unidos do Brasil Representante do Estado, e do Ministério da Educação Nacional Manuel Joaquim de Boaventura, Director do Distrito Escolar de Braga, Bem doado ao Estado Edifício escolar para os dois sexos, e mobília, que mandaram construir a expensas suas num terreno denominado Bouça de Santo Amaro que adquiriram por compra em escritura feita em 25 de Outubro de 1934, Condição da doação Indicando ser provida como professora da referida escola, logo que vague o lugar, D. Zilda Almeida Guimarães, residente na cidade do Porto, Doação sem reservas Transferiu para o Estado todo o direito, acção, domínio e posse que tinha no prédio doado, Aceitação O segundo outorgante aceita a doação. ? [1] Este capitalista emprestou 40.000$00 à Câmara em 1939 amortizável em 10 anos ao juro anual de 4%, para obras de electrificação de S.Gens e Quinchães. (Acta da Câmara de 12 de Abril de 1938).
Género
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Tipo de Nascimento
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Concelho
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Pai
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Mãe
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Eventos de Vida
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Fez parto de
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Casado(a) com
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