Pessoa
Mathias de Albuquerque
Biografia
Matias dAlbuquerque, nomeado Conde de Alegrete em recompensa da vitória de Montijo, teve a honra insigne de ganhar a primeira batalha que se pelejou nas guerras da Restauração de 1640. Nascido no Brasil na segunda metade do séc. XVI, era governador de Pernambuco quando os holandeses principiaram a cobiçar as colónias portuguesas da América. A primeira cidade que tomaram foi a Baía, e aí aprisionaram o governador do Brasil, Diogo de Mendonça Furtado. Recebendo da Europa a nomeação de governador interino da colónia, Matias dAlbuquerque expediu com actividade reforços aos baianos, que dirigidos pelo bispo D. Marcos Teixeira, prolongavam no Reconcavo a resistência aos holandeses, e concorreu poderosamente para que se reconquistasse a capital. Em 1630 coube a Pernambuco a sorte infeliz; de nada valeram contra a superioridade do número o heroísmo de Matias dAlbuquerque e a dedicação dos poucos homens válidos que o ajudaram na defesa. Pernambuco sucumbiu; Matias dAlbuquerque, com socorros da Europa, manteve-se contudo nos arredores da cidade, inquietando os holandeses com uma pequena guerra sem tréguas. Apesar disso o governo espanhol mandou-o recolher preso a Lisboa, encarcerando-o na castelo de S. Jorge. Punia-se como crime o infortúnio e chamava-se imperícia do general ao que fora apenas desleixo do governo. Abriu-lhe as portas do castelo a revolução de 1640. Saiu fremente de vingança, e logo principiou, por ordem de D. João IV, a organizar activamente a defesa do Alentejo. Não estavam terminados contudo os seus infortúnios. As suspeitas de D. João IV, quando se descobriu a conjuração antipatriótica do marquês de Vila Real e do Arcebispo de Braga, abrangeram os vultos mais imaculados; a Matias dAlbuquerque, apesar do absurdo duma acusação que indigitava como cúmplice dos espanhóis quem fora vítima deles, não escapou a ser preso. A sua inocência tornou-se evidente, e Matias dAlbuquerque, pouco tempo depois retomou o comando do exército do Alentejo. Em 1644 ganhou contra o Barão de Mollingen, em terras espanholas, a brilhante vitória de Montijo, que teve uma influência incalculável, porque deu aos portugueses confiança em si mesmos, e foi a bélica sanção do movimento do 1º de Dezembro. Em 1646 travou nova batalha em Telena contra o mesmo Barão de Mollingen, mas não lhe sorriu tão próspera a fortuna. Intrigas e discórdias dos seus subordinados tiraram-lhe das mãos a vitória, e, posto que não fosse derrotado, teve contudo que retirar, atravessando em boa ordem o Guadiana. O desgosto que isto lhe causou e a indiferença com que el-rei o tratava obrigaram-no a largar o comando, e apressaram talvez a sua morte, que veio a acontecer no princípio de 1647. Falecia longe dos campos de batalha, privado do bastão de comando, o homem que primeiro cingira com a auréola da vitória a ressurgida bandeira de Portugal.
Género
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Tipo de Nascimento
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Concelho
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Pai
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Mãe
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Filho(s)
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Eventos de Vida
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Criador da imagem
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Fez parto de
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Casado(a) com
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