Nasceu em Lamego em 1847 e morreu em Sintra em 1906, filho de José Maria de Faro e de sua mulher D. Henriqueta Cândida de Oliveira.
Fez os primeiros estudos no Porto, de onde partiu para o Brasil. Aqui se empregou numa casa comercial do Rio Grande do Sul, vindo a alcançar posição de grande relevo e prestígio, mercê da sua invulgar inteligência e excelente carácter.
Em 1886 fundou no Rio de Janeiro a Livraria Contemporânea, uma das principais daquela capital, que foi, sob a sua inteligente direcção, um cenáculo de conversação e leitura, que atraiu os homens mais eminentes da politica e da intelectualidade brasileira.
Foi um dos fundadores do Liceu Literário Português, do Retiro Literário Português e da Beneficência Portuguesa do Rio de Janeiro.
Publicou diversos relatórios sobre assistência e beneficência aos portugueses no Brasil, escritos com verdadeiro conhecimento do assunto.
Foi director de vários estabelecimentos de negócios e financeiros entre os quais o Banco de Crédito Real do Brasil. Era oficial da Ordem da Rosa do Brasil.
Casou no Rio de Janeiro em Maio de 1885 com D. Elisa Carolina de Miranda Paranhos que nasceu na mesma cidade e morreu em Lisboa em 1902. O título foi-lhe concedido por D. Carlos em 1891.
Foi 2º visconde Aníbal José de Faro e Oliveira, que nasceu no Rio de Janeiro em 1888 e morreu em Lisboa em 1853. Foi pintor de arte, discípulo de José Malhoa, e realizou várias exposições. Foi também ilustrador de livros. [ ]
Ignoramos a data da concessão do título ao 2º Visconde.
[in Nobreza de Portugal e do Brasil, coordenação de Afonso Zuquete]