Domingos José Ferreira Braga, filho de António José Ferreira e de Teresa Maria freguesia de São Pedro de Lomar, nos subúrbios da cidade de Braga.
Na idade de 14 anos saía na barra do Porto na galera Constancia, com destino ao Rio de Janeiro. Depois de uma longa e tormentosa viagem de 55 dias, chegou àquela grande cidade, a 2 de Julho de 1851, e ali se empregou de caixeiro, revelando logo nos primeiros tempos muita inclinação para a carreira comercial, para a qual se tinha destinado; e qualidades tão notáveis patenteou, que largamente alcançou a estima e confiança de todos quantos com ele conviviam no trato comercial.
Assíduo ao trabalho, que guiava com inteligência e probidade exemplar no cumprimentos dois seus deveres, possuindo qualidades tão eminentes que lhe permitiram ganhar grandes créditos, obteve estabelecer-se em 1856 na rua do Mercado n.º 47.
Dotado de um carácter austero e generoso, sabia captar a benevolência de todos com quem tratava. Seguindo assim a sua carreira de negociante sério e ponderoso, conseguiu que a sua casa de negócio de fazendas se elevasse á altura de uma das primeiras daquela praça; casa que hoje conserva na posse dos que foram seus empregados e depois sócios, e agora girando sob a firma de Pereira Valentim.
A existência daquela casa comercial, que foi criação do nosso biografado, e continuação na posse dos que biografado, e continuação na posse dos que foram seus companheiros de trabalho e seus amigos e procuradores, atesta ainda o quanto foi bem fadada pelo fundador.
A 22 de Fevereiro de 1859, já era negociante matriculado pelo tribunal comercial da capital do império.
Modesto por índole, nunca quis elevar-se; dotado de sentimentos generosos