Aceitando a adequação do método prosopográfico como abordagem ao estudo do clero catedralício português na Idade Média, considerando a relevância do questionamento efectuado às fontes e a própria selecção destas e identificando os principais problemas suscitados pela necessidade de arquivo e manipulação de um tão grande número de variedade de dados referentes a indivíduos identificados apenas pelos seus nomes, infere-se a necessidade de proceder à recolha da informação, extraída das fontes, em fichas normalizadas que permitam:

A solução informática preconizada para apoiar todo o processo da recolha e normalização ao armazenamento, análise e divulgação, está ilustrada no diagrama abaixo apresentado.

Diagrama

Será feita, manualmente, uma recolha de dados por documento, junto das fontes. A partir de cada ficha de documento são criadas as fichas individuais prosopográficas (fase 1). Pretende-se que após a fase de recolha, em suporte electrónico, seja feita a concentração das fichas nos Coordenadores da diocese. Esta fase, que inclui ainda os processos de exportação e de importação, será automatizado pelos módulos de aquisição e normalização representados na figura (fase 2).

Depois de cada Coordenador proceder à identificação dos indivíduos, pretende-se carregar a Base de Dados do Clero Catedralício com essas fichas. Nesta fase, procede-se ao tratamento (fusão) dos indivíduos homónimos: cada vez que se torna possível destrinçar dois homónimos pela descoberta de características particulares de cada um deles, inserem-se as fichas separadamente na Base de Dados do Clero Catedralício como dois indivíduos distintos; quando tais particularidades não são evidenciadas, as fichas são unidas. Na arquitectura do SIEP essa tarefa é apoiada pelo módulo denominado de fusão (fase 3).

Embora o projecto só contemple a criação da Base de Dados do Clero Catedralício e a primeira fase do SIEP termine por ai, já se está a prever a continuação do projecto e a expansão do mesmo para a análise automática e divulgação. Assim se inclui já na arquitectura o módulo de descoberta de conhecimento (fase 4) e o módulo de divulgação (documentação da informação - fase 5).